Bicharada de A a Z: usando o lúdico para estimular a leitura
por controle
30 de dezembro de 2021
Projeto da arquiteta e designer Milena Hannud mistura diversão, arte e impressão de alta qualidade para incentivar os pequenos a conhecer mais sobre a fauna nativa e não-nativa do Brasil e sobre o alfabeto
Quando a arquiteta e designer paulistana Milena Hannud esboçou os primeiros traços de animais da fauna brasileira para ajudar no processo de aprendizado de leitura de sua neta, não imaginava que a brincadeira se tornaria um projeto bem-sucedido – que uniria arte, lúdico, noções pedagógicas de alfabetização e, claro, impressão em alta qualidade.
“A partir de uma brincadeira com minha neta, nasceu o projeto e acabei me tornando uma editora de meus próprios conteúdos. Eu já tinha uma empresa, a De A a Z (Daaz), então, tive que incluir a edição de livros também entre as atividades”, explica Milena.
Na verdade, quem visita seu estúdio na Av. Faria Lima compreende perfeitamente o que ela quer dizer; o espaço divide vários materiais de arte/desenho (canetas, lápis, pincéis e variados tipos de papéis), que ela exibe com a paixão de uma artista de corpo e alma, com equipamentos gráficos, usados para a produção da série Bicharada de A a Z, como guilhotina, aparador e uma impressora digital AccurioPrint C3070L da Konica Minolta, equipamento escolhido para a produção própria de todo o material em caixa-livro do Bichara de A a Z – atualmente, além do kit em versões box capa dura e capa mole das cartas com as ilustrações e nomes dos animais nativos e não-nativos do Brasil seguindo as 26 letras do alfabeto, o projeto expandiu para outros produtos, incluindo BichoCards Volumes 1 e 2; Critters A to Z e CrittersCards A to Z, com animais [nativos e não-nativos da América do Norte] e nomes em inglês também em versões Box capa dura e flexível; Bichara de A a Z com cartões em branco; BichoDuos de A a Z com adesivos para serem colados nos cartões para, posteriormente, as crianças escreverem os nomes dos animais, podendo se tornar um jogo da memória; e canecas com estampas dos animais e letras iniciais de cada bicho.
Processo
Segundo Milena, no momento em que a brincadeira se tornou trabalho, vieram os desafios. “Eu estava habituada a trabalhar com ilustração vetorial. Então, voltar a desenhar na mão para posteriormente digitalizar o material e então imprimir envolveu um processo de tentativa e erro”, lembra.
A partir de referências dos animais em fotos, Milena esboça os primeiros traços a lápis, e, depois, os cobre com lápis azul (ideal para artefinalização posterior de desenhos). Após isso, usando uma mesa de luz, cada animal recebe o acabamento em nanquim e, finalmente, as cores.
“Desenho em versão maior para assegurar a qualidade no momento de escanear o original em alta resolução”, explica. “A versão digitalizada tem um formato menor da arte de modo a garantir a qualidade dos traços e dos detalhes.”
O processo, manual, artístico e minucioso, ainda conta com outro desafio: levar para a impressão todos os detalhes e cuidado com as cores imaginadas por Milena.
“Quando mandei uma gráfica produzir as primeiras versões do Bichara de A a Z, descobri que o processo, por ser em pequenas tiragens, só podia ser feito em digital. Quando recebi o material, fiquei surpresa com a qualidade, e foi então que percebi que era possível produzir, sim, com a qualidade que eu queria em uma impressora que não era offset”, diz.
A repercussão das vendas online e o feedback positivo das caixas-livro levaram Milena a uma decisão importante (e audaciosa). “Como tudo de todo processo artesanalmente, comecei a analisar a possibilidade de adquirir uma impressora digital para imprimir meus projetos-piloto e comercializá-los. Foi uma ideia que foi amadurecendo; primeiro, pesquisei equipamentos menores, mas eles não atingiam as gramaturas de papel que eu precisava (por exemplo, os cartões do BichoCards são impressos em 350 g/m2). Eu precisava de um equipamento maior de produção”, detalha.
Foi então que a parceria com a Konica Minolta foi firmada. “Chamo a AccurioPrint C3070L de ‘Keiko'”, brinca Milena. “O equipamento está instalado em meu estúdio e eu mesmo opero para imprimir os cards, as lâminas dos materiais do Bicharada de A a Z, os autoadesivos para as canecas e o revestimento que envolve as caixas dos kits.”
Após a impressão, o material é cortado e acomodado manualmente nas caixas com envolvimento direto de Milena. “Faço tudo. Arte, monto as caixas, cuido das vendas”, diz.
Os kits do Bicharada de A a Z e Critters A to Z são impressos em supremo Alta Alvura 300g laminados com PET 38 micras; já os cards são impressos em papel Supremo Alta Alvura 350g laminados com PET Brilho 38 micras. As páginas dos livros são impressas em couché brilho.
Para as caixas duras (Box), é usado papelão Horlle 2mm revestidos com Percalux ou Colorplus laminado. Capa revestida com couché Matte 170g laminado com PET 38 micras fosco.
Para o BichoCards de A a Z e CritterCards A to Z é usado impressão em papel Vitasolid 350g com laminação PET Brilho 38 micras. Já para os cards é usado para impressão papel DuoDesign 300g com impressão 4×4 e laminação PET brilho 38 micras.
Por fim, para as canecas (em polímero), é realizada impressão em transfer Arthot. A embalagem das mesmas é impressa em Supremo Alta Alvura 300g.
Quem quiser conferir e adquirir a série de produtos do Bicharada de A a Z pode acessar o site https://bicharadadaaz.com.br/